terça-feira, maio 26, 2009

Carta final


Aos aniquiladores de rosas,

Deixo uma canção igual a tantas outras.. Para que um dia talvez se recordem dos laços de afeto incinerados pelo egoísmo. E neste mesmo local, onde morrem definitivamente tantos versos sinceros e desejos reprimidos, posso enfim encerrar minha missão. Algozes de si mesmos, usurpadores da boa vontade alheia! Fiquem com seus brasões e sua fama inútil! De nada adiantou o brilho da medalha, se o cordão sempre foi frágil..


Meus pêsames, é o que lhes resta. Padeci na longa espera do ouro que nunca existiu em seus cofres. Felizmente, enquanto a paciência e dignidade me faziam compania, trabalhei pela riqueza que não se compra. Ocupei meus dias sendo fiel a mim mesmo, pois sempre soube que os lobos não sabem o que é piedade! E agora sigo livre, seguro de que nunca mais queimarão meus livros ou me perseguirão. Esses pobres mercenários jamais entenderão..

3 comentários:

Tamyris Torres disse...

Justo e objetivo.

Luna Sanchez disse...

Dar valor ao que tem valor. Empenhar-se no que, de fato, merece empenho. Preocupar-se com o que existe além do nosso mundinho particular, com o que é maior.

É isso.

Chá das Cinco disse...

Nossa.. o teu Blog é tão bonito que fiquei com vergonha do meu rs
Amei,tanto que fiquei por aqui.
Um abraço
Gemária Sampaio